Subi as escadas para o bar do Bar do Zira e lá estava um palco apertadinho, cheio de fios espalhados pelo chão e quatro Mulheres. Artistas daquela rara extirpe que é capaz de transformar os espaços tornando grande o que é pequeno e íntimo o que é vasto.

Essa foi a primeira vez que vi as cinco Mulheres de Hollanda.

Não é um cover do Chico Buarque, é uma reencarnação. Elas cantam com o jeito delas e, mais importante, com o jeito de hoje pois o século XXI pode não ter chegado, mas o XX certamente já acabou!

Suas marcas, a do século passado, são fortes, séculos não se vão assim sem lutar, mas os ventos já são definitivamente outros e a arte deve se transformar para abraçar o futuro, mesmo quando fala do passado.

O sabor novo nos arranjos e interpretações das Mulheres de Hollanda não está (pelo menos não na época, já faz um tempo que não as escuto por contingência do meu tempo) na inserção de estranhos floreios eletrônicos ou influências globalizadas (nada contra), mas sim em algo mais sutil como a força dessa palavra, a qualidade do sentimento naquela frase. Pequenos detalhes que transformam um canto de dor em semente da força para a superação.

Esses dias fiquei sabendo que vão lançar um DVD e CD aqui:

  • 30/7/08 – Centro Cultural Carioca | 21 2522-6468
  • 31/7/08 – Trianon RJ | 21 2726-3500
  • 01/8/05 – Mistura Fina RJ | 21 2523-1703

Vale a pena ir conferir.

O site das moças está em reforma, mas tem uma canjinha no Myspace.