Shakespeare foi um dos maiores gênios da literatura, não há dúvida! Alguns, como Harold Bloom, o consideram o inventor do humano que se olha no espelho, que vive para dentro tanto quanto para fora e se questiona.

Talvez ele não tenha inventado, é mais provável que a literatura e a alma humana sejam um tipo de móbile. A cada mudança da alma mais cedo ou mais tarde há uma mudança na literatura, uma mudança tão rápida que pode parecer que a literatura mudou primeiro!

Depois de Shakespeare tivemos Cervantes que nos mostrou Dom Quixote, um novo tipo de homem, o início do fim dos sonho e dos humanos que não enxergam a magia que se esconde atrás de cada brisa…

Então veio Tolkien que viu o retorno da honra e da sabedoria que vemos hoje lutando contra a sede de poder e guerra de Sauron, não preciso explicar a metáfora, preciso? ;-)

Mas qual será a próxima literatura? Qual será o novo humano? As minhas fichas eu aposto no humano multifacetado e multinivelado de Neil Gaiman, Philip Pullman e, quem sabe, Machado de Assis e Kafka?

Este assunto merece um artigo em Literatura