Imagem: Library – Glen Noble

O joguinho apareceu na minha Timeline do FB, mas vai vendo como funciona minha pequena mente desenviesada…

Acho que a ideia não é o óbvio, né? Como, por exemplo, resumir:

Um grupo heterogêneo precisa ir a um vulcão destruir uma joia mágica que concede poder a um ser místico e maligno.

Deve ser para descrever o que o livro causou em nós pois assim fica mais difícil descobrir que livro é e mostra uma dimensão da literatura que até mesmo algumas pessoas que leem muito não percebem: que livros não valem pela história que contam, mas pelos processos que desencadeiam em nós.

Só tem um problema: nunca entendi isso de “livro favorito”. Não faz qualquer sentido para mim ter uma coisa favorita para cada categoria! Nem mesmo para cada estilo! Qual é meu filme de terror favorito? Isso não faz sentido! Arte não pode ser definida por números exatos

“Ah! Gosto desse aqui 1.234 pontos e daquele 1.348, então aquele é meu preferido!!” Hein???

Também não tenho como dizer que livro me transformou mais pois também não somos caixas empilhadas: razão, amor, coragem, empatia… A gente é a combinação de uma infinidade de instintos e construções culturais que resultam em nossa consciência e personalidade.

Então vou pegar um livro que eu… me… lembre… bem… como me atingiu! Já sei!!

No começo tudo parece normal, as memórias que temos da infância nos parecem comuns até que alguma coisa nos leva novamente a elas e parece que um mundo escondido em áreas secretas das nossas memórias vai ressurgindo real como um sonho, improvável como nossas fantasias infantis. A gente perde muita coisa quando cresce e se afasta das memórias da infância pois há lá mágicas que podem nos lembrar qual é realmente o sentido da vida.