Semana passada o domingo foi para um banho de teatro e dança.

Na parte da manhã fui me enfileirar ao lado do Teatro Municipal para assistir “Valises” e “Corpo Provisório” da coreógrafa Ana Vitória e “Terras” da Cia. Esther Weitzman. Já de noite fui ao Centro Coreográfico do Rio para conferir o trabalho “Marias” com a atriz Adriana Valente e a dançarina Flávia Valente.

Foi um bom domingo, o que estragou foi ter me atrasado e perdido o monólogo incial de Adriana Valente em Marias. Ela é uma das atrizes da nova geração que mais me agradam. Espero poder assistir o trabalho completo para comentá-lo no site.

Também de noite no Centro Coreográfico, assisti o grupo Urban Dancers que apresentam uma mistura bem interessante – do ponto de vista estético – de dança de rua, brake, capoeira e dança contemporânea. Mas como eles se enquadram no movimento Hip-hop acabei esperando um engajamento político ou social que não consegui encontrar.

Agora, de manhã… A Ana Vitória, vou te contar! Me apaixonei por essa coreógrafa desde o primeiro trabalho dela que assisti: “+ Simples”.

Não sou um crítico de dança contemporânea, sou apenas um admirador, mas dou um valor enorme para toda manifestação artística que consegue a um só tempo ser bela (ou crítica) e conquistar a plateia leiga.

Nossa gente precisa de arte e cultura urgentemente (já faz uns anos aliás) e ali no Municipal com centenas de pessoas que não pareciam saber bem o que é dança contemporânea o que eu vi foi encantamento. Parabéns para a Ana Vitória.

Gosto muito do trabalho da Esther também, mas acho que ela optou por uma coreografia um pouco inacessível para o público leigo, mas assim mesmo, a plateia parece ter gostado muito, o que prova que o mito de que o brasileiro não tem como apreciar cultura é uma tolice.