Quando nasci papai e mamãe só colocavam música clássica para eu ouvir enquanto ficava lá no berço, meio à toa como todo bebê fica. Não lembro daquela época, mas imagino que devia ficar olhando tudo ao redor e inventando o que fazer. Deve ser por isso que, antes de fazer um ano, dei um jeito de escalar a geladeira que ficava ao lado do berço e me atirar lá de cima no colchão. Pena que errei!

Embora não lembre de ouvir música tão novo acho que isso influenciou meu gosto e minha paixão musical absoluta é o erudito e o clássico, mas isso não quer dizer que eu seja um desses chatos que acha toda a música contemporânea uma besteira, pelo contrário!

A propósito, eu gosto de arte acessível, as irmãs Labèque por exemplo podem ser ótimas, mas me recuso a indicar um espetáculo cujo ingresso mais barato custa R$110,00! Além do mais prezo muito a originalidade e a inovação.

Por esses motivos sou muito mais simpático a gente como a Maryfê que abre o show do Arnaldo Antunes amanhã no Circo Voador ali na Lapa, aqui no Rio.

Já falei sobre o estilo dela em alguns dos meus boletins culturais (2019: tirei do ar há tempos).