Não é de hoje que faço de subtítulo das minhas crenças a frase “A arte é o ar que a consciência respira”.

Cada dia mais nossos estudos mostram que praticamente duas coisas nos separam dos animais: a capacidade de planejamento a longo prazo e as faculdades subjetivas que nos permitem criar e compreender arte.

Infelizmente, mergulhados numa voraz sociedade do espetáculo onde o estímulo vazio de valor simbólico é muito mais fácil de vender com o rótulo de “cultura de consumo” acabamos deixando de exercitar metade das nossas qualidades humanas.

O desespero que resulta dessa atrofia se encarrega de apagar a outra: sem esperança desaparece a capacidade de planejamento a longo prazo.

Não vou colocar os links para artigos interessantes sobre o que falei acima para te dar chance de fazer algo que muitos animais fazem, mas até onde sabemos nenhum faz como nós: localizar e associar informações. :-)

Estou falando nisso porque acabo de chegar de um espetáculo de dança de uma companhia aqui do Rio. Apresentavam-se alunos e alunas, alguns amadores, uns profissionais e uma de que sou fã faz tempo.

Conheço sua história desde os 17 anos e hoje ela já está lá pelos vinte e bem pouquinhos e, vendo o solo que ela coreografou, não tive como conter umas lágrimas tímidas.

É comovente ver como a arte amadurece e nos faz amadurecer ou como amadurecemos e fazemos nossa are amadurecer…

Não que todo mundo devia fazer arte, mas há poucas formas mais eficientes e agradáveis de se desenvolver além da arte. Pena que se confunda cultura de massa ou de consumo com arte.