Amigo é que nem flor, a gente tem que cultivar…

Não pode haver justiça se a lei for absoluta…

Errar é humano…

Quando a gente se expressa por chavões não há risco em sair dando opinião sobre tudo, mas se pensamos um pouco fora da caixa como dizem nossos primos estadunidenses a coisa se complica.

Tenho mania de ficar falando de religião, religiosidade e paradigmas como a sociedade do conhecimento ou do consumo e depois percebo que olho para as coisas de um ângulo tão diferente da maioria que acabo não sendo compreendido e soando profundamente preconceituoso ou arrogante.

Um último exemplo é o post que escrevi para criticar uma apresentação que, ao meu ver, chama um rapaz incrível de ingrato e… bem, para início de conversa a maioria achou que eu estava criticando o rapaz e não a apresentação.

Estou escrevendo por causa do post de ontem e tantos outros onde falo sobre religião e dão a nítida impressão de que desprezo ou considero os cristãos seres inferiores. Não é bem assim. Também passo a impressão de ser ateu, até já escrevi um post dizendo que  sou publicamente ateu.

Não é certo ou justo fazer pouco de religiosos indiscriminadamente e não é isso que pretendo fazer muito embora possa ser interpretado assim.

A minha crítica é à sociedade do consumo onde toda consciência é superficial e toda crença ou princípio não passa de um chavão proferido sem qualquer reflexão como se fôssemos uma sociedade de cascas vazias hipocritamente cobertas com roupas de papel crepom.

Ultimamente a vítima tem sido a religião, mas poderia ser a política, filosofia de vida, princípios, moral ou qualquer outra qualidade que um humano deve demonstrar. Isso é parte do meu próprio processo pessoal.

Por falar em ultimamente… Ultimamente meus posts estão grandes demais…

Sendo assim, resumindo:

  1. As melhores pessoas que eu conheço são especiais justamente por serem coerentes com sua espiritualidade
  2. As piores pessoas que conheço são hipócritas que se vestem externamente de princípios que não seguem
  3. Ao meu ver espiritualidade é extremamente íntima, não podemos compartilhar com os outros nossos Deuses e, sempre que tentamos fazer isso, estamos na verdade impondo nossa superioridade e demonstrando arrogância
  4. O que podemos compartilhar uns com os outros para moldar um futuro mais humano são pensamentos e princípios humanistas

Tudo que escrevo em torno desses temas é nesse sentido, se parece diferente é porque me expressei mal ou pulei etapas entre o seu paradigma e o meu tornando-o incompreensível.