Atualizando: em algum momento o site passou a ser um blog com artigos sobre saúde copiados de outros sites.

Esta semana me assustei com uma propaganda na TV da organização Eu tenho Fé.

Algumas personalidades famosas falavam em direito e liberdade religiosa.

Se você olhar a nuvem de tags aqui ao lado do post verá pelo tamanho da palavra humanismo que não devo ver as religiões com muitos bons olhos e é verdade.

A primeira coisa que me ocorreu era que se tratava de mais um movimento para impedir o ensino de ciências para as crianças ou impor à sociedade um determinado sistema de crenças.

Convenhamos que, apesar dos ateus militantes de plantão, os grandes inimigos das religiões hoje são outras religiões que demonizam alguma ou algumas das concorrentes na disputa por seguidores.

Hoje finalmente visitei o site da Eu Tenho Fé e fiquei muito feliz com o que vi.

Lá estavam grupos espíritas e diversos matizes de tradições afro-brasileiras, judaísmo e outras vítimas da demonização por outras religiões mais vorazes.

Pode parecer à primeira vista que sou contra as religiões, mas não sou. Eu me oponho ao fanatismo que procura impor o seu sistema de vida aos demais.

Uma religião deve ser íntima e pessoal, uma forma de conexão a algo superior, a uma meta utópica que desejamos alcançar com nossa mente, moral e espírito, nunca um cajado para rebaixar os outros diante do deus superior que inventamos para nós mesmos. Já falei extensamente sobre isso na série de posts Em Busca do Pó.

Em termos práticos muitos me chamariam de ateu e justamente por isso gostaria de deixar declarado publicamente o meu apoio a essa iniciativa que, ao que tudo indica, sugere não o eufemismo da tolerância religiosa, mas a admiração e perplexidade diante da beleza da nossa diversidade de formas de compreender nosso universo.