Quando vejo isso penso “nossa! Que Universo enorme! Quanta coisa para explorarmos e aprendermos!!”
Mas para muita gente (a julgar pelos comentários no album que vi no Facebook) isso leva a pensamentos religiosos como a existência ou não de deuses e o nosso papel no Universo.
Talvez eu possa ajudar um pouco a diluir essas preocupações para curtirmos mais livremente o deslumbramento com as dimensões do Cosmos…
Nossa mente parece ter o impulso natural de buscar resposta, tipo “Olha que Universo enorme, então não somos nada” ou “Olha que Universo enorme, Deus o fez só para nós”.
Essas lógicas não funcionam. “Universo enorme” é um ponto final. Quem acha que somos especiais completa com “é todo nosso” e quem tem aquele complexo moderno de auto-desvalorização completa com “somos nada”.
Nossa jornada pelo Universo será definida por nossa cultura, não falo aqui da cultura científica, mas da arte. É a nossa arte que molda a qualidade da nossa consciência ou alma.
Se desenvolvermos uma alma coletiva nobre então nossa ciência e nossa arte nos levarão a Deus (supondo que ele exista) e às maravilhas do Universo (essas a gente sabe que existem mesmo).
Em tempo… Notei nos comentários das imagens muita gente dizendo que a ciência não sabe tudo e essa é uma das confusões mais comuns: tratar ciência como religião. Ao contrário das religiões a ciência é a arte das perguntas, o ofício das dúvidas. Ela só está viva enquanto está mudando, descobrindo erros e questionando mesmo as “verdades” mais óbvias.