Tenho escrito sobre a busca de espiritualidade, mas todo o tempo me pergunto se alguém ainda leva isso a sério, se alguém não vai me achar tolo por dar tanta importância a isso quando…

Basta ser espiritual, sem ser religioso, basta crer que existe um Deus

A minha impressão é que essa é a postura geral. Não mudamos nosso modo de ser ou de ver o mundo em função de existir ou não um deus, de haver ou não um espírito.

No final das contas a tal espiritualidade sem religiosidade acaba sendo uma forma de não pensar no assunto e poder se dedicar ao que realmente importa: curtir a vida.

Já falei nisso de passagem em uma das partes anteriores desta sequência de posts.

A questão aqui é:

Devemos deixar a religiosidade e a religião sumirem aos poucos enquanto nos preocupamos com outras coisas mais racionais?

Creio que não.

Caso estivéssemos substituindo a religiosidade e as religiões por um pensamento humanista consistente ou por uma filosofia que mantivesse tanto a ordem mínima quanto o desenvolvimento da nossa civilização, mas estamos substituindo o controle religioso por um descontrole individualista.

Os nossos sonhos são repletos de imagens míticas, as coisas que nos assustam ou inspiram quando estamos acordados também nos atingem com a linguagem das imagens arquetípicas e o poder do mito continua a nos influenciar intensamente.

Não refletir sobre nossa espiritualidade e não desenvolvê-la, seja pela arte, seja pela religiosidade, é viver à deriva e à mercê de uma força não humana que influencia a nossa civilização.

Isso fica para a parte 9, está um pouco fora da busca pelo Pó, mas cria obstáculos a ele e portanto preciso encarar esse assunto apesar de ser um dos meus insights mais polêmicos. Acalme-se, não envolve alienígenas ou demônios ;-)

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