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Quando a Netflix, que até pouco antes oferecia uma assinatura em que enviava filmes pelo correio, passou a entregar filmes por demanda online com o mesmo modelo de assinatura, vimos o nosso universo de filmes e séries se expandir enormemente! Coisa com cara de Internet com toda aquela diversidade, conteúdos indie, de vários países e culturas. E, por um bom tempo, foi muito bom!

Infelizmente, e não vou falar aqui nas razões para isso ter acontecido porque o assunto é outro, já tem um tempo que os streamings pagos já não nos oferecem a diversidade de antes. Tem o Mubi, claro, mas no final das contas a gente tem que pagar um monte de streamings para ter um bom catálogo de filmes e séries à disposição.

Mas

FOMO ou MEFIFO?

Fala-se muito no fomo, que é “medo de perder alguma informação” em tradução livre de “fear of missing out”, mas eu acho que atualmente a gente não está dando muita importância para perder ou deixar de perder informações como no tempo que a gente fazia cálculos constatando a impossibilidade de ler todos os livros bons que eram lançados todo ano.

O problema agora é o MEdo de FIcar de FOra.

Pare e pense, quantas vezes alguém te disse que já tentou ver Game Of Thrones (ou qq outra série da moda) várias vezes, mas não consegue gostar. Frequentemente a pessoa parece até estar irritada contigo por gostar de uma coisa e fazer parte de uma confraria da qual ela se sente excluída.

Por que estou falando nisso?

Ora! O problema não é que não existam boas fontes gratuitas e juridicamente legais, o problema é que a gente se sente na obrigação de estar por dentro da moda e não só da moda do filme ou série do momento, mas do meme da semana (ou do dia), do firehosing político da vez. Saudades de quando a pressão social era para ter a mochilha ou tênis da moda. Pressão, aliás, que não sumiu!

O problema do MEFIFO cibernético impulsionado pelos perversos algoritmos dos feudos sociais, digo, plataformas sociais, é que consegue sugar muito mais do nosso tempo! Mas muito, muito mais mesmo!

A gente precisa buscar estímulos diferentes, a gente precisa alimentar nossa mente e espírito com diversidade e não só com conformidade (um pouco de conformidade, de fazer parte da tribo global, também é necessário) e ver produções literárias, musicais (não as “composições de IAs GPT do Spotify) de de Cine&Vídeo independentes e livres é uma ótima forma de fazer isso. Mas não vou me aprofundar nessas reflexões que são mais adequadas ao meu blog sobre Cibercultura, o Meme de Carbono.

Foi principalmente por esse motivo que decidi fazer esse post para concentrar todos os streamings gratuitos ou praticamente gratuitos que eu achar. O pessoal no Fediverso ajudou muito: @eme, @diegopds e @corpoVirtual.

Streamings brasileiros

Públicos

  • UbuPlay: A diversidade afrodiaspórica pelas lentes de pessoas negras. Produções brasileiras, de países africanos etc. Gratuito.
  • Sesc Digital: Além de filmes e documentários brasileiros tem categorias como circo, dança e teatro. Mantido pelo Sesc SP. Não precisa nem se cadastrar.
  • Maricá Filmes: Obras clássicas em domínio público e criações indie ou alternativas divididas em categorias como ação, animação, aventura, comédia. Mantido pela prefeitura de Maricá.
  • SP Cine: Tem uma categoria Queer. Do site: “Lançamentos, obras premiadas, conteúdos exclusivos, eventos culturais e muito +” e “programação de cinema brasileiro, com recorte paulista e paulistano”. Mantido pela prefeitura de São Paulo.
  • Banco de Conteúdos Culturais (BCC): Filmes nacionais históricos e até trechos de programação da TV Tupi. Fora do ar no momento da criação desse post (o NS2 parece ter caído), mas dá para ter uma ideia do acervo no Internet Archive.
  • CTAv: Navegação confusa e manda para o YouTUbe. Do site: “A maior parte do acervo é composta por curta-metragens, cinema independente e de baixo orçamento, documentários, animações e cinema experimental.” – Mantido pelo governo Federal.
  • TVBrasilPlay: Jornalismo, infantis, séries, filmes e programação ao vivo da TV Brasil.
  • Cultura Play: Mais voltado para conteúdo cívico. Tem programação ao vivo da TV Cultura, jornalismo, entrevistas, variedades, programação infantil etc. É possível assistir sem cadastro.
  • Cinemateca Pernambucana: CInemateca pernambucana Jota Soares. Só consegui ver o acervo seguindo a sessão Mostras.
  • EMCPlay MG: Principalmente documentários nacionais sobre questões atuais e vários me pareceram muito interessantes! Também tem concertos. Mantido pelo governo de Minas Gerais.
  • Cultura em casa: Agrega conteúdo audiovisual nacional independente em áreas como Música, Teatro, Dança, Museus, Cinema, Humor, Circo. Programa de difusão cultural da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo
  • Cine Humberto Mauro Mais: Acervo de filmes clássicos em categorias como scifi e terror. Também reúne mostras como o Prêmio Humberto Mauro e produção original.

Privados

  • Bombozila: Criada por um coletivo de documentaristas. Tem muitos documentários gratuitos, inclusive de outros países da América Latina, e dois planos pagos, um com acesso completo ao acervo e outro, além disso, com acesso a master classes.
  • Itaú Cultural Play: Totalmente gratuito mediante cadastro. O acervo tem grandes produções nacionais, documentários e séries.
  • Sesc TV
  • Libreflix: Acervo bem diversificado. Social, ativismo, sci-fi, veganismo, documentários, feminismo, educação, religião, natureza, ocupação… Não precisa criar login.
  • Todes Play
  • CurtaDocTV
  • Mercado Livre:

Streamings estrangeiros

  • Cine AR: Argentina – Séries, filmes, documentários e curtas
  • PlutoTV

Fontes