Uma cidade como o Rio não tem tantos caminhos assim. De um lado tem o mar, do outro morros e no meio os caminhos.

Hummm… Bem, tem os caminhos sinuosos dentro dos morros ou na teia de ruas da zona oeste, mas hoje meus caminhos iam pela estreita tripa de ruas entre as ondas frias das praias e as encostas úmidas dos morros.

E mesmo assim a gente consegue se desencontrar, né?

Caminhos também é uma coreografia da Cia Laso de Dança Contemporânea que a gente foi assistir hoje. No final ficamos só quatro (Jayme, Patt, Cocky e eu). O resto se dispersou por outros caminhos.

Todo amigo faz falta, né? Mas pelo menos o espetáculo foi ótimo!

“O essencial é invisível aos olhos”. Citar O Pequeno Príncipe pode parecer tolice ou infantil (ao menos para quem não leu Cidadela), mas a verdade é que o essencial da realidade é mesmo refratário às nossas tentativas de racionalização e não há outra forma de traduzir a vida pulsante das ruas, das mesas das praças, do passageiro do bonde e das interações sutis além da linguagem simbólica da arte. Mas vou deixar para escrever melhor sobre o espetáculo da Laso em um artigo lá no site. A propósito eles estão no Sérgio Porto neste fim de semana e depois vão para o Centro Coreográfico ali na Tijuca (RJ).

… Sabe… Enquanto escrevia estava pensando que caminhos são mesmo cheios de caprichos. Se de um lado eles nos levam para longas viagens longe de gente querida (por onde andará o Tonio?) de outro eles nos surpreendem com um sorriso acolhedor e um papo animado de gente que vai se tornando querida aos pouquinhos.