Há 25 anos eles se olharam nos olhos e souberam que seria para sempre enquanto durasse.

E durou!

Os anos se passaram, os dois sofreram muito juntos, superaram muito juntos.

Tiveram medo, fizeram mal um ao outro, se separaram algumas vezes porque não estava sendo bom estar juntos, porque em vez da presença do outro trazer força ela trazia acomodação… Era um ponto de fuga e não de superação.

É, eles separaram seus corpos várias vezes, mas nunca deixaram de se olhar, nunca deixaram de se amar e os anos foram passando.

Lá pelos 18 anos decidiram que não valia mais a pena se afastar, que, qualquer que fosse o problema, era melhor enfrentar juntos.

Foi indo assim até que essa semana, meio sem perceber, meio de surpresa, eles notaram que a jornada já se estendia por vinte e cinco anos.

Ainda ontem eles tinham seus vinte anos e se emocionavam lendo A Ponte para o Sempre….

Agora bodas de Prata…

Ano que vem serão bodas Alexandritas, coisa engraçada, bodas Alexandritas.

Engraçado mesmo é que um quarto de século não lhes pareceu especial.

Primeiro que eles ainda saboreiam cada momento de vida juntos, não que todos momentos sejam agradáveis, é que eles são memoráveis e 25 anos de experiências para lembrar é muito pouquinho! Eles querem mais setenta e cinco pelo menos!

Aliás essa é a idade do pai dela… Setenta e cinco anos… Também parece pouco. Há sempre tanto para descobrir e viver!

Depois, que todo mês tem algo para comemorar! A superação de um problema, uma conversa sobre aquela dorzinha profunda que é difícil admitir para nós mesmos, uma tarde de pura placidez quando o mundo parece se dissolver e passado e futuro deixam de existir…

Eles não precisam esperar um ano para comemorar bodas pois há sempre um momento eterno a comemorar, um momento de Lotus, que não é boda, mas é eterno nas histórias que um imprimiu na alma do outro…