Ela deixa os olhos se perderem no contorno entre os edifícios e o véu do céu noturno manchado pelas luzes da cidade.
Entre as molduras da sua janela milhares de pessoas vivem suas histórias, mas para ela as luzinhas não passam de estrelas distantes e sem qualquer importância.
Sua sala escura tem apenas a cadeira onde ela senta, uma mesa e uma luminária que lança luz sólida sobre a caneta e o papel coberto de frases escritas com uma caligrafia indecisa.
Este é o mundo para ela. A caneta, o papel e o universo de histórias que pressionam sua alma.
Pilhas de papel se estendem pela sala com outras histórias. Umas concluídas, outras berrando por um final digno e tantas outras cheias de lacunas.
A mancha branca das luzes da cidade contra a cúpula negra da noite já começa a se desfazer dando lugar ao calor inexorável do sol que nasce quando ela volta a se inclinar sobre o universo. Finalmente livre dos fantasmas atrás das estrelinhas insignificantes agora suas próprias histórias podem encontrar a caligrafia apressada e descuidada.
…não há sentido na vida sem o sentido que nos dá a vida efêmera de uma amizade, um casamento, uma rivalidade. No encontro da expectativa do outro com nossa insegurança é que surge a consciência da necessidade do nosso espaço interior. Esta seria a lição que Joana aprenderia anos depois do encontro que ela está prestes a ter no bar diante dela…
Joana Imaginária…
Oi Roney,
Muito obrigada pelas dicas. Estou estudando e comparando prs e contras de uma srie de alternativas para decidir em seguida!
Um abrao!
Maria