Onze horas da manhã do primeiro dia de 2009.

Deuses sopraram seu bafo do leste durante a noite, Ipanema, Copacabana cobertas com as brumas quentes do verão, o Leblon se disfarça de Avalon e desaparece.

Pessoas, no calçadão, nas ruas litorâneas, nas areias, milhares delas já despertaram dos festejos e se alimentam do primeiro dia do novo ano.

Aqui ou ali olhos marejados dos que ainda não viram o hotel e emendaram a festa com a praia, são espectros que carregam uma certa tristeza de embarcação sem porto, de coração sem dono…

O mundo real offline tem mais cores do que o real online, entretanto ainda mais cores tem o mundo virtual dos que se enganam sob a luz dos fogos ou o brilho do monitor. Tem mais cores, não mais calor! Online ou offline não  há calor mais constante do que a amizade sincera, do olhar que se desvencilha da fantasia mesmo sabendo que em tudo há uma dose inevitável de virtual.

Réveillon é um ciclo virtual, um fim inventado… Sim, um fim… Devia ser um começo… Homenagem ao que houve de bom no ano que passou (e continuará no que chega) e boas vindas ao que haverá de bom. Em geral explodimos em luzes para exorcizar o mal passado… Felizmente hoje tive muito a comemorar!

Pois o ciclo pode ser virtual, mas o brilho de felicidade leve na maioria dos olhos que passam por mim deixa claro que hoje começa algo muito bom!