Imagem: Minha no Instagram
A única coisa melhor que estar sozinho é estar sozinho com pessoas ao lado de quem você se sente livre como se estivesse só.
Palavras que não existem… Como saudade que dizem existir apenas em português: pessoas conectadas por um amor tão transparente que é como se estivessem sós quando estão juntas em um momento de contemplação ou de concentração lado-a-lado ou frente-a-frente.
Qual é a palavra para isso? Em qualquer língua?
Mas falemos da foto, ou melhor, da história da foto.
Duas pessoas que caminham juntas sozinhas há 32 anos… O copo mais cheio é dela pois entre nós ela sempre foi a que soube beber.
No entanto o que nos deslumbra é termos sabido, entre vales e encostas íngremes, seguir amadurecendo e na mesma direção… Algumas vezes os caminhos divergem e não há erro nisso, mas não aconteceu conosco… Aliás, aconteceu! E nos afastamos por um período que pareceu anos, mas foram meses. É necessário saber quando temos que seguir caminhos diferentes também.
Há pessoas que amo profundamente e estão em outras jornadas, afastadas geograficamente ou simplesmente por caminhos muito próximos que não se cruzam… Deveria haver também uma palavra para “sentir a pessoa próxima mesmo estando longe dos olhos… e ser correspondido ou correspondida”.
Em cem anos infelizmente não há espaço para cem amigos de amor transparente e pleno de presença mesmo quando estamos sãs ou nossos caminhos não estão se cruzando, mas espero que meus caminhos e daqueles poucos (sempre serão poucos pois queríamos que as amizades fossem infinitas) que trilham jornadas paralelas voltem a se cruzar ainda muitas vezes…