Nunca vi a mata virgem à noite. As poucas matas onde estive foram impiedosamente desvirginadas pelas luzes alaranjadas, marcas de pneus e ventos quentes e esfumaçados da civilização. Estas matas, dizem, nunca enxergam a noite e sempre resta um pouco do dia até mesmo quando a lua se esconde.
Minhas noites são focos de luz amarela sobre o cinza e negro do asfalto e calçadas.
Tive um bisavô que temia estranhas criaturas escondidas nas sombras da Amazônica vastidão.
Os estampidos de fogos quebrando a madrugada lembram das criaturas familiares que me causam medo: gente como eu, mas que tem olhos pesados, mareados e frios.
Saudades das matas com que sonhei, mas nunca vi…
Olhando para baixo vejo a escada carmim que se estende de uma selva a outra, do asfalto ao morro. Suavemente avermelhada como o sangue sob a pele fina de uma moça.
Então me apaixono…
I was never good at deciphering metaphors… :)
In spite of that, I’m thinking about writing… I mean, professionaly, whadda you think?
You can speak your heart, be honest. You have nothing to lose.
I’m good enough for the job, or I really need to re-make up my mind?