A menina e o tio acampam no meio da floresta tropical, esee ainda é o primeiro dia, o primeiro na vida da menina de onze anos a ser passado no meio do mato. Ela não tem medo. pelo contrário! Deseja mergulhar no fundo do coração verde que a cerca.

A noite já caiu e o mundo parece ter sido enfiado dentro de um saco escuro de feltro negro, ruidos desconhecidos os cercam por todos os lados. Curiosamente ela se sente segura e aconchegada sentada enquanto o tio acaba de ajustar a barraca.

Durante todo o dia ela viu caminhos escondidos que certamente a levariam para aventuras fantásticas dentro da selva, mas o tio evitava todos eles dizendo que não era hora para ela se aventurar por lugares como aqueles!

“A principal diferença entre um adulto e uma criança é que o adulto não precisa de ninguém que lhe diga quando parar, ele sabe onde estão seus limites… Se na cidade ganhamos um galo na testa quando não aprendemos a lição, na floresta perdemos muito mais!”

As palavras do tio ecoavam em seus ouvidos enquanto olhava para as chamas na fogueira saltarem como se tivessem vida.