“Depois dos trinta e poucos anos o homem está casado, é gay ou maluco!” – Uma solteirona anônima por volta de 1994…
Toca o telefone:
– Oi amigo! Preciso de um ombro para desabafar! Estou super frustrada! O que está acontecendo com os homens? – outra mulher independente em 2003.
Numa mesa de bar o sujeito, quase cinquentenário projeta seus olhares sedutores, a maciez da sua voz hipnótica e o calor das suas carícias. A mulher diante dele, olhar firme embora interessado, se deixa levar pelos encantos, segue os passos firmes do cortejador e mergulha no vasto lago das sensações sem se preocupar com os fantasmas contemporâneos da rejeição, falta de carinho e respeito.
A mesma mesa de bar, outro dia… Passado o encanto inicial a mulher defronta o homem com suas expectivas, bem simples na verdade: já viveu relacionamentos superficiais e não quer mais aquele tipo de emoção rasa de quem vive sem se olhar e que foge da própria imagem saltando de um affair para outro, de uma sensação para outra; sempre fugindo dos sentimentos, passando pela vida sem jamais mergulhar nela!
“Você é uma bruxa mulher! Preciso fugir de você!” Foi a resposta amenizada por um sorriso entre a simpatia e o nervosismo velado.
E fugiu..