Pragmático, sim, insisto em me afirmar pragmático, mas há certas ironias, certas sincronicidades e outras tantas coisas inusitadas que não podem passar sem algum destaque!
Tempos atrás contei que encontrei com o Gato de Botas diante dos portais do Tártaro (que fica apenas a uns 60 metros da portaria do meu prédio), creio que ele tinha acabado de alimentar Cérbero.
Pois de lá para cá reatamos nossa amizade e frequentemente lanchamos juntos batendo um papo animado e, durante estas conversas, acabei entendendo tudo! Bem, pelo menos sobre este inusitado canto do Flamengo onde os mitos da Grécia antiga se abrigam!
Os velhos deuses em um aspecto eram mais sensíveis que o Deus Único. Sob o comando deles não havia propriamente um inferno e sim um mundo para onde as pessoas iam depois de mortas. Os heróis, os bons deuses e gente destemida iam para os Campos Elíseos, os que viviam com medo, as pessoas comuns, atravessavam direto a primeira região e caiam no esquecimento no Érebrus. Para os de corações negros e cheios de féu havia o Tártaro.
Pois na singela igrejinha ao lado do meu edifício é Campos Elíseos durante o dia, Érebrus durante a noite (guardado por Caronte, o barqueiro) e, somente nos domingos à noite, os portões são entregues a Cérbero, guardião do Tártaro!