Em torno das grandes rodovias encontramos as malhas de conexão entre vizinhos, entre as pessoas próximas geograficamente.

Ali ao fundo, com o sorriso leve e sincero de sempre, fazendo uma pose divertida, está uma amiga de outras redes vicinais, mas já chego aí!

No século passado sinto que a vida acontecia nas estradas vicinais, os círculos de amizade e conhecidos eram restritos.

A gente não fazia parte do todo, a gente fazia parte das nossa ruas, dos nossos bares, escolas, trabalho, e só… Veio a Internet e a inversão da pirâmide da comunicação e passamos a sentir que nossa voz podia derrubar os antigos castelos de poder. Nós todos fomos atirados nas rodovias de alta velocidade.

Talvez por isso as redes sociais tenham pesado tanto, andem nos cansando tanto, por nos sentirmos impelidas a fazer parte da ação para mudar o mundo…

Não que não tenhamos realmente essa possibilidade e essa responsabilidade, mas não sem caminharmos também pelas novas vias vicinais digitais onde encontramos as pessoas vizinhas emocionalmente, existencialmente…

Essa foto foi ainda outro dia… Um encontro quase sem querer, no dia seguinte tivemos outro, totalmente sem querer, mais um encontro das vias vicinais online e off-line: segurem as mãos dessas pessoas, ofereçam suas próprias mãos!

Original: Instagram