Do escuridão do oceano Atlântico Ulmo olha para a costa iluminada, os prédios orgulhosos, os carros ligeiros com suas buzinas distantes e nos bares os pequenos e ruidosos humanos.
Ipanema.
A longa mesa, a dúzia de jovens, gargalhadas, piados, urros e grunhidos se embolam na festividade do encontro. As histórias contadas com orgulho, a admiração dos companheiros, os gracejos para seduzir, as chacotas para mostrar superioridade.
Naquele mesmo solo, há apenas um instante para as imemoriais ondas do mar… Não havia a mesa, mas uma fogueira, o medo que a festividade espantava não era inconsciente, era das feras escondidas nas sombras das árvores, mas para Ulmo talvez tenha sido apenas a luz que se acendeu entre um dia e outro que diferencia estes dois mundos…