É um corredor escuro apesar de emoldurar um luminoso jardim de inverno. Por algum capricho da arquitetura ou da alma de quem observa os raios do sol jamais encontram suas paredes. Seja de manhã, ao meio dia ou no fim da tarde quando o mundo se pinta de magenta.
Coladas a essas paredes escuras se enfileiram esguias peças de arte, recortes da imaginação do artista que tenta reproduzir o mosaico da cultura contemporânea tão rica em fragmentos desconexos que finalmente se encontram substituindo a hipocrisia da tolerância pelo êxtase da apreciação das diferenças.
Há holofotes apontados para cada quadro, mas suas luz – tão forte aos olhos – é pálida para a alma. A arte está incompleta…
Então, ali num canto sem outra importância além do acaso, finalmente a arte encontra a plenitude. Invisível para nós, mas clara na fusão da mensagem e do receptor, partes inseparáveis da magia da criação.
Fotos tiradas na EAV no Parque Laje