As rodas do carro fazem a terra seca gemer e murmurar como se duendes ranzinzas resmungassem a visita inesperada. Um portão de madeira escura com traços de um vinho escuro contrasta com as urzes e trepadeiras que cobrem a casa, atrás dele os ramos floridos se estendem pelo estreito corredor por onde os carros devem passar para se esconder nas profundezas da casa.

No quarteirã ao redor outras casas assistem nuas o calor do sol que atravessa suas janelas abertas, mas esta casa ocupa seu próprio espaço, cria seu próprio ritmo para a passagem do tempo que desliza lentamente pelas suas portas conforme percorremos o infinito leque de chaves que abrem porta após porta.