Acho que foi a primeira vez que vi a Verônica Sabino ao vivo. Desde que ela me chamou a atenção com uma versão que fez para uma música dos Beatles quase 20 anos atrás só a escutava em CD ou rádio. Talvez em um programa na TV aqui ou ali.

Pois essa semana fui assistí-la (A propósito tem outro show dela lá no CCC, dessa vez com participação do Leoni) e vou contar… Ela tem um charme especial, dessas coisas que a gente não percebe quando tem alguém arrastando os nossos olhos.

É, pois é o que qualquer show gravado faz, né? Ele arasta a nossa atenção para onde o diretor quer. É uma característica meio inevitável dessa mídia.

Estou falando nisso porque encontrei lá no CCC com um amigo que disse preferir o show em casa; com home theater porque “ninguém atrapalha, dá para comer pipoca e a mulher que tá do lado”… é, dá mesmo, mas acho que são duas experiências muito diferentes e que não se excluem.

Em casa é confortável e sempre bem de pertinho. O som também é perfeito. Talvez perfeito até demais.

Ah! Mas outra coisa totalmente diferente é estar diante do palco, no meio da penumbra junto com centenas de outras pessoas cheias de expectativa. O ar algumas vezes chega a ficar mais denso, só depende do quanto os artistas são admirados. Imagine por exemplo uma apresentação do Cirque du Soleil (que vem ao Brasil ano que vem).

A sensação, ao menos para mim, é de estar envolvido em outra dimensão. É como se estivesse sobre o palco pois a platéia faz parte da atmosfera que criará o espetáculo. Desde o caminho de casa para o teatro já vamos saindo do nosso mundo para entrar no mundo da arte, onde tudo é possível, onde os sonhos ficam tão perto que podemos sentir o seu hálito noturno.

Quando comecei a escrever não sabia bem o que pretendia dizer, só sabia que a sensação de ir a um show é totalmente diferente da que temos em casa diante da TV, por melhor que ela seja, aliás, o mesmo vale para o cinema, que é maravilhoso, mas ao vivo a gente interage com o artista. Mesmo que seja só um pouquinho, mas o espetáculo daquele dia foi diferente porque a gente estava lá.

Vixe! Acabei falando demais… É o mal de ir falando conforme as ideias vêem à cabeça, né? Qualquer dia volto ao assunto de uma forma mais bem concatenada!