Quem tinha um PC em 1994, na época dos 486, já podia instalar uma alternativa ao Windows que vinha com tudo para acessar a Internet, era capaz de entender comandos de voz, tomar ditados (o usuário falava e ele digitava) e coisas que nem adianta explicar porque ainda não há nenhum outro sistema que faça (nem mesmo o Mac OS X).

Estou falando do tal OS/2 da IBM… Deixei de usá-lo somente em 2001 e migrei para o Macintosh da Apple.

Em dezembro a IBM deixará de vender o OS/2 e depois de 2006 encerrará o suporte a ele sugerindo que todos migrem para Linux (uma boa opção, é verdade).

Ah… Essa notícia…

Sabe aqueles filmes que mostram pessoas cheias de talento que foram desperdiçadas em sua época por algum motivo que hoje não faz mais sentido? Um artista à frente da sua época ou um grande pensador como Giordano Bruno.

Dá um aperto no coração, não dá?

Eu pelo menos sempre penso: “puxa… Se tivessem dado ouvidos a fulano tanta miséria teria sido evitada” ou “por que ninguém salvou a biblioteca de Alexandria?”.

Pois foi o que senti ao saber do derradeiro fim do OS/2.

Não era para ser, ele estava à frente do seu tempo e tinha vários fatores políticos e de mercado, mas o seu fracasso nos faz temer um pouco pelo futuro, nos lembra que se olharmos passivamente para o mundo pode ser que o melhor para nós não seja o que nos será oferecido.

Este post deve estar bem esquisito para quem não está acostumado a estes tecnopapos, lamento, mas vai acabar ainda um pouco mais esquisito.

Tomara que o movimento de código aberto e seus principais representantes consigam triunfar onde o OS/2 jamais poderia e tenhamos computadores capazes de nos ajudar a nos libertar e não ávidos por nos limitar.