Lá na tela o Lázaro Ramos falava do que aprendera sobre Shakespeare fazendo fotocópias no seu trabalho: fragmentos. Foi naquele dia, vendo O Homem que Copiava que encontrei esta metáfora para a nossa forma de cultura.

Lemos duas ou três linhas de um resumo sobre este ou aquele assunto e nos consideramos suficientemente informados. As implicações disso são incontáveis! Do “Ser ou não ser, heis a questão” até o “tudo é relativo” repetimos a sabedoria antiga sem conhecê-la de fato.

Ontem mesmo um amigo comentava comigo que a teoria de Einstein talvez tenha feito mais mal do que bem, afinal depois da relatividade tudo passou a ser lícito, afinal… tudo é relativo!

Acontece que não foi nada disso que Einstein disse! Sua teoria rompeu com toda a nossa percepção da realidade, isto é verdade, mas não no sentido de dizer que a verdade é relativa como alguns querem crer! Quem fala nisso é Heisenberg e o seu Princípio da Incerteza, que também não se aplica a nada que possamos ver, tocar ou sentir! Trata apenas de ínfimas partículas como fótons ou elétrons.

A relatividade a que Einstein se referia é a da passagem do tempo. Quando você olha o relógio de alguém que se afasta de você percebe que o relógio dele anda mais devagar do que o seu, só que, para ele, é o seu relógio que anda mais devagar do que o dele! Afinal, para ele você é que está se movendo e ele está parado! Bom, tudo muda se um de vocês está acelerando, mas esta é outra história!