Ainda outro dia conversando com uma psicóloga descobri que há estudiosos da mente que não se interessam pela linguagem simbólica dos mitos ou das metáforas acreditando ser possível compreender uma mente apenas através de sentenças diretas e denotativas como “Estou magoada” ou “Estou deprimido”.
Não se trata apenas de subestimar a profundidade do inconsciente, mas de uma inacreditável superestimação do poder da linguagem!
Nossas experiências mais importantes são imensuráveis e fictícias, afinal o essencial para a consciência são as emoções assim como o são as sensações para o corpo.
Emoções não podem ser descritas senão com arte ou símbolos compartilhados pelos indivíduos da mesma cultura.
Emoções são fictícias a partir do momento que não estão fundamentadas em qualquer sensação física. Elas germinam e se desenvolvem no universo percebido por cada consciência individual ou coletiva, a própria consciência, por um determinado ponto de vista, é uma obra de ficção.
Mas tudo isso são elucubrações deste observador da natureza humana e podem não encontrar apoio entre os estudiosos da mente…