Realmente gosto de escrever aqui. Gosto de arrumar as ideias e gosto de pensar que elas podem ser úteis para alguém mais além de mim.

Então muitas vezes sento aqui diante desta janelinha (sem Windows) e me coloco a pensar no que falar, mas percebo que vou ter que investir um tempo precioso enquanto minha musa grega aguarda lá em cima para jantar comigo, aliás para a ceia! Perco a vontade.

Por isso vou tentar escrever rapidinho algo que comecei a rascunhar no celular (estou precisando mesmo de um novo PDA) enquanto lia Alma Imoral do Nilton Bonder.

A seleção natural não é o suficiente para reger a evolução dos animais que tem consciência pois, ao contrário dos outros que só precisam se adaptar às quatro estações, eles são capazes de modificar seu meio criando novas e complexas realidades virtuais (afinal uma cidade, uma sociedade, sistemas econômicos, religiões e filosofias não passam de realidades virtuais) às quais eles precisam se adaptar ou que devem modificar para continuar existindo.

Entre os animais conscientes a transgressão pode ser mais importante do que a seleção para garantir a continuação da espécie. A mutação não pode ser apenas física, deve ser também das crenças, da mente e da alma. Isso só acontece diante da transgressão da alma.

Se isso estiver vago demais me desculpem. Ao menos servirá para me lembrar de escrever algo mais bem explicado – assim que tiver tempo – lá no meu site.

Imagem: Breakfast – Juan Gris – 1914 (mais de 100 anos! Muito moderno!)