Antes de mais nada: escolhi uma imagem que inspira cuidado, sem deixar de ter uma atitude positiva diante da vida!

Logo no início da pandemia de covid-19 notei que muita gente acabava não sabendo como agir porque as notícias lhes davam gatilho (compreensível, né?) e acabavam à mercê de boatos que atravessavam sua tentativa de evitar a ansiedade. Fiz até uma página anti-ansiedade sobre a covid-19 em outro blog meu.

Agora estamos em ano de eleição e a OMS está prestes a declarar a varíola de macaco uma emergência internacional declarou emergência de saúde de interesse internacional e, com certeza, isso será usado por estratégias de marketing político de uma parcela da política que ganha mais quando a gente está em pânico (mas esse é outro assunto).

Então decidi fazer esse post resumindo o essencial à partir de fontes de qualidade (ao final) e mantê-lo atualizado.

Última atualização: 11 de agosto de 2022

11/08/2022

Quem transmite essa varíola são outros humanos e não macacos. Eles estão no nome porque foram os primeiros alvos dela e a transmissão vinha de roedores. Já tivemos casos de envenenamento de macacos no Brasil e preconceito contra eles em outros países a ponto da comunidade científica estar pressionando a OMS a mudar o nome da doença (tem imagem desagradável). Por isso mudei o título do post para Nova varíola enquanto não definem um nome novo.

O que fazer por ora

Qualquer contato de pele pode transmitir a nova varíola e a transmissão já se dá entre vários grupos de idade e gênero. Especialistas já sugerem que devia ser colocada em status de emergência de saúde pública, recomenda-se evitar situações na tabela abaixo. Fonte: live do Átila.

Continuamos em status de emergência para a covid-19, logo recomenda-se o uso de máscaras em lugares mal ventilados ou aglomerados e a higienização das mãos.

Matriz de risco de se contaminar:

Fonte: @DoutorMaravilha – traduzido da NBC Chicago

Status da doença no mundo

  • Risco moderado fora da Europa e alto lá.
  • Foram registrados casos em crianças nos EUA e Amsterdã
  • Já ocorre transmissão entre pessoas e não só de roedores para macacos e humanos (não tem registro de transmissão de macacos para humanos)
  • A OMS colocou em estado de emergência de saúde pública de interesse internacional em 23 de julho.

Sintomas

Surgem de 5 a 21 dias depois da infecção e duram de 2 a 4 semanas:

  • Dor de cabeça
  • Dor nas costas e muscular
  • Linfonodos inchados (aqueles no pescoço e nas axilas)
  • Arrepios
  • Febre
  • Erupções cutâneas: principalmente nas palmas das mãos ou na virilha. Formam bolhas como de queimadura com pus que se partem e ficam feridas. É importante ir ao médico antes desse desenvolvimento.

Transmissão

Risco menor que da covid-19.

  • Contato com animais, humanos ou superfícies contaminadas
  • Secreções respiratórias
  • Sangue ou fluidos das partículas das lesões

Tratamento

  • Remédios para alívio dos sintomas: consulte médicos ou médicas
  • Vacina contra varíola humana é eficaz e pode ser usada para controlar surtos
  • Existe um antiviral que não está disponível no Brasil

Prevenção

  • Isolar infectados
  • Distanciamento físico
  • Máscaras (nesse caso não é a principal, mas ajuda)
  • Lavagem das mãos – Sabão ou mesmo álcool 70%

“Pode ser necessário o período de até 40 dias para a retomada das atividades sociais. Mesmo que o paciente se sinta melhor, deve se manter em isolamento enquanto ainda tiver erupções na pele.”

Agência Brasil

Notícias anteriores

23 de julho de 2022: OMS coloca a varíola dos macacos no status de emergência de saúde pública de interesse internacional.

Esse status é adotado quando é necessária coordenação internacional para contar uma ameaça à saúde pública e para facilitar os investimentos, trocas de tecnologias e outros recurso necessários globalmente. Não se trata de um decreto de calamidade ou algo assim.

O risco na Europa é alto e no restante do mundo moderado.

20/07/2022: Continua não sendo fonte de preocupação. Boas práticas de higiene e se isolar em caso de suspeita devem ser o bastante. Casos subiram para 592 (quase todos em São Paulo) e se concentram na região sudeste.

07/07/2022: São contabilizados 106 casos no Brasil e não é necessário mudar a rotina por causa dessa doença. Manter a higiene como lavar as mãos ou passar álcool e o uso de máscaras PFF2 para evitar outras doenças é sempre uma boa ideia.

Fontes

Foto por Zach Vessels on Unsplash