Há poucos dias o WhatsApp pulou avisando “Estarei aí no fim de semana que vem, vamos nos ver?”.
Talvez ela só descubra agora, mas tem amizades que nos lembram do que realmente importa na vida: a pureza de uma amizade suave. Ela é uma dessas amigas e espero que a suavidade seja recíproca.
Aliás a foto é do ano passado porque os bons momentos às vezes nos fazem esquecer do passado e do futuro. A gente lembra de tirar fotos quando estamos pensando em preservar o passado para o futuro.
Amizade suave é aquela com quem nos sentimos leves, com quem não tem jogos ou a tensão de ser alguém diferente para agradar ou ser aceito pelo outro.
A gente fala das coisas tensas da vida, claro! Vivemos um período histórico em que somos praticamente obrigados a falar de política, das famílias disfuncionais que quase todos nós temos, mas é um alívio descobrir que não estamos sós em nossas jornadas trôpegas pelo mundo ou que, pelos menos, encontramos ouvidos e olhares compassivos e empáticos de alguém que simplesmente se sente à vontade conosco e nos faz sentir à vontade também.
Como não lembramos de tirar fotos decidi registrar o momento em texto.
Foram umas poucas seis horas. Uns 15 minutos passando em dois mercados e o restante fazendo um brunch numa padaria enquanto o tempo se congelava ao nosso redor. Éramos três, Mandy, Cláudia e eu.
Seis horas descobrindo novas histórias, revisitando outras que ressurgem afinal revisitar o passado sempre lhe dá novos significados, não acha?
A verdade é que não tem muito como explicar uma amizade suave em um breve post, a verdade é que eu espero que você tenha a sorte, ou a arte, de ser e achar quem viva amizades assim, pois a vida não é fácil e a perspectiva é que ainda se complique um pouco nos próximos anos, então é bom que tenhamos portos seguros onde possamos encontrar suavidade por um tempo, suavidade que ecoe até o próximo encontro!