Recebi hoje da Heloísa Padilha:
Prezados Amigos do Falcão – a Corrente do Bem,
Quanto tempo! Estou aprendendo, a duras penas, que o ritmo do trabalho voluntario é muito diferente dos trabalhos remunerados, mas anuncio que já estou tomando providencias para ativar nossos laços e iniciativas com mais vigor e agilidade.
O Natal está às nossas portas e gostaria da atenção de vcs para esse pedido muito especial que a Terra dos Homens está nos fazendo:
A Associação Brasileira Terra dos Homens inicia a sua campanha de Natal e convida todos nós a contribuirmos na arrecadação de brinquedos novos ou em bom estado e alimentos não perecíveis. O importante é fazer a alegria das 80 crianças e adolescentes e seus familiares atendidos pelos projetos da Terra dos Homens. As doações podem ser entregues nos endereços abaixo, até o dia 17 de dezembro.
Endereços: Av. General Justo, 275 / sala 518 – Centro (sede da ABTH)
Rua Vice-Governador Rubens Berardo, 65 – Gávea (Rodrigo Pereira)
Rua Rodrigo de Britto, 46 – Botafogo (Irene )
Rua Claudino de Oliveira, 191 – Jacarepaguá (José Luis)
Rua Ulisses de Oliveira Madruga, lote 26, qd. 70 – Itaipu (Leonardo)Um grande abraço a todos Heloisa Padilha
Equipe Falcão – a Corrente do Bem
Visite nosso site: www.correntefalcao.com.br
Hoje mesmo estava no caminho entre lá e cá, pegando uma chuva e pensando na complexa questão das atividades das ONGs.
Vejo esforços sinceros como o da Corrente Falcão que tenho prazer em divulgar, mas meu espírito questionador fica irrequieto.
Ele me diz que a gente precisa dar a esse enorme contingente de cidadãos marginais educação, formação profissional, perspectiva e, talvez mais importante do que tudo isso, integração.
Quando digo integração me refiro à percepção de que estamos todos no mesmo barco, que somos todos brasileiros, mais do que isso, que somos todos terráqueos.
Só que isso não é verdade, né? Nas rodas de papo sempre alguém fala em pena de morte, que bandido não tem direito a direitos humanos, que morrer sessenta por dia nas periferias pobres é pouco, mas que é uma afronta, um absurdo que alguém morra em seu Mercedes no Leblon.
Sim, toda morte é um absurdo, mas o enfoque dado não só pela mídia, mas por nossa cultura, intensifica a segregação e cria um tipo de fronteira onde os que parecem ricos não podem ser tocados e os que parecem pobres não tem importância.
São mudanças culturais tão profundas que temos que promover que fico desanimado.
Por outro lado eu realmente acredito que o engajamento social representado principalmente pelas ONGs são a semente mais promissora dessas mudanças que devem ir muito, mas muito além do ponto embrionário e meramente potencial em que se encontram hoje.
Se você chegou até aqui pense nisso… Pense que mesmo uma medida assistencialista (que não é o caso nem da Terra dos Homens e nem da Corrente Falcão) é um passo no sentido de reduzir distâncias aproximando as vítimas (todos nós, terráqueos pobres, ricos, fortes, fracos, cultos, incultos) e preparando um futuro possível onde todos trabalharemos juntos para afastar o inimigo que não é nada além da nossa miopia para as conexões que ligam todos nós.
Belo post, Roney!
Acho que o passo mais importante na incluso, ou integrao social, o primeiro passo – o mais dificil, acredito. O que mais me deixa feliz que, cada vez mais, maior o nmero de pessoas que se prope a dar esse primeiro passo.
Grande abrao.