Tô pensando se escrevo um post de natal e ano novo ou não…

Acho besteira escrever se for para dizer o que todo mundo já sabe, né?

Bem, tem vários “todos mundos”

  1. Saúde, paz, dinheiro e as bênçãos de Deus: Acho meio fora da realidade até para religiosos já que as três primeiras coisas são consequências das nossas ações e a última deve ser uma prática diária e, se há necessidade de desejá-la nesta data então tem algo muito errado… Ainda se fosse um desejo de fazer e sugerir que os amigos compartilhem com os outros as bênçãos recebidas de Deus… Mas, não, esse “todo mundo” deseja que as pessoas recebam ou sintam a presença de Deus.
  2. Fraternidade, reflexão, planejamento (sou parte desse “todo mundo”): primeiro que são votos” mala”. O maior “todo mundo” de todos quer é encher a cara, comer até explodir e brigar com as pessoas que são obrigados a rever todo fim de ano e esses votos meio que os acusam de se comportarem como animais perturbados por viver em cativeiro. Segundo que no fundo todos os “todos mundos” sabem que natal e ano novo são mais ou menos por aí, só que é que nem quando alguém nos diz “Oi, como vai?” e a resposta, a única resposta certa e esperada, é “Tudo bem! E você?” ao que o outro responde “a gente vai levando” ou “tudo bem… Tudo bem”. Quando a pessoa troca esses votos de natal ela está querendo mesmo é parecer diferente, original, mais sábia ou superior… A história de fraternidade acaba sendo uma grande falsidade.
  3. “Acabou o ano porra! Vou me estourar de beber e comer porcaria na droga da reunião obrigatória de família”. Esse todo mundo certamente é o mais numeroso! Basta ver o aumento nas vendas porque eles compram presentes para os parentes que odeiam para se mostrarem mais prósperos ou por obrigação. Eles tocam música alta, berram, soltam fogos e terminam a noite brigando. É claro que dizem o mesmo que os “todos mundos” acima e são tão falsos quanto eles, mas talvez sejam menos dissimulados e portanto pessoas menos ruins…
  4. Tem os todos mundos que realmente vivem o espírito de natal em pequenos ou grandes grupos de amigos (ou raras famílias que são também amigas além de compartilhar o mesmo “genetic pool”) ou no meio dos outros todos mundos, meio deslocados, mas realmente amando aquelas pessoas malucas que não vivem o natal e fim de ano como seres espiritualizados ou civilizados. Ninguém se incomoda com eles porque são boas pessoas de verdade!

Enfim… Não sei se escrevo ou não sobre o natal e fim de ano..

Fonte da imagem ilustrativa: Siva Roobini