Tinha tanto a escrever, mas esbarrei no Clube da Mafalda (onde obtive a imagem que ilustra o post) e tive que colorir este blog com uma tirinha dela!

Tenho pensado que o mundo, ou pelo menos a civilização humana que se agarra sobre ele, se movimenta obedecendo a estímulos um tanto paradoxais.

Nas décadas passadas estávamos ocupados vendo Fred Astaire ou com nossos afazeres diários e não demonstrávamos grande interesse nos rumos definidos pelos governantes.

Isso não foi bom pois os erros correram soltos e nos conduziram até aqui.

Agora imagino que a mãe da Mafalda responderia prontamente indicando cada erro ou acerto do governo.

Parece um avanço, né? Isso se eu estiver certo em minha avaliação, pelo menos é o que vejo nas ruas: todo mundo parece saber muito bem o que está acontecendo.

Mas isso também não é bom…

… se o custo é que deixemos de lembrar das pequenas coisas do nosso dia a dia.

Tenho a impressão de que hoje abraçamos individualmente a responsabilidade por mudar e consertar o mundo, mas apesar da Internet (que convenhamos, não atinge quase ninguém) nosso poder é pequeno e acabamos nos desesperando diante de um problema muito além das nossas capacidades individuais e, ao mesmo tempo que vejo todos com soluções para os problemas modernos também os vejo sem esperanças.

Talvez eu esteja errado, mas talvez o que movimente nossa civilização seja uma combinação precisa entre ação individual e local (e local se refere ao espaço imediatamente à nossa volta como o trabalho, a família e os amigos) e coletiva e global (e coletiva aqui se refere à formação de ONGs, comunidades on-line de verdade – Orkut não conta – e outras formas de organização da sociedade civil).

Esta é apenas uma elocubração mal explicada, mas a tirinha da Mafalda me fez pensar nisso tudo e achei um desperdício não compartilhar! ;-)