Começa um novo ano. Por 24 horas bilhões de pessoas exatamente como você e eu pensaram em transformação, inícios, reinícios e projetos.
No réveillon, enquanto os fogos de artifício coloriam os céus, eu olhava nos olhos das pessoas (fogos até são engraçadinhos, mas pessoas são fascinantes) e acho que entendi um pouco melhor o ano que estava terminando.
Existia ao meu redor um tipo de calma atenta, como o saltador de asa delta que aguarda o vento propício para se atirar.
As pessoas estavam festejando e bebendo, claro, não estou falando do que elas estavam fazendo, estou falando do que seus olhos refletiam.
2013 foi um ano difícil para muita gente e acho que foi pelo que sentimos e não pelo que vivemos.
Tinha tanta coisa acontecendo dentro de nós que, do nada, explodimos e tomamos as ruas em junho. É, aquilo foi sintoma, efeito. Não foi causa.
O que estou falando é extremamente subjetivo, um insight baseado em um punhado de 100 pessoas no meio de dois milhões, mas quero registrar que estou sentindo que estamos amadurecendo. Na Malásia as pessoas já passaram a virada protestando, em Hong Kong também. Vamos ver o que 2014 nos reserva