A gente meio que é obrigado a escrever algo no Natal…

O chato é que parece que tudo já foi dito: ele na verdade é uma festa pagã; esqueçam a festa pagã e comemorem o nascimento de Cristo (sabe-se lá como e por quê); Oh! O Natal acabou e virou comércio; ele é tempo de confraternização; não confraternize só no Natal e sim o ano inteiro.

Então… O que resta para falar do Natal?

Para mim esse é um dos três momentos para ficar sozinho e refletir (ao lado do aniversário e do réveillon), mas é uma tolice achar que as coisas devem ser o mesmo para todos.

O Natal é sim uma época para encher a cara de bebida cercado de familiares lembrando-se que fazemos parte de uma família, de uma história maior que nós mesmos.

O Natal é sim momento de liturgia religiosa para quem deseja se aprofundar cada vez mais nos mistérios da fé.

Você entendeu: festas pertencem a cada um de nós e a melhor forma de vivê-las é da forma que nós queremos ou precisamos… Muitas vezes nem são agradáveis, mas são necessárias.

Aliás para muitos o Natal (e o próprio aniversário) é uma época para melancolia… Porque não? Se a melancolia existe ela deve ter seu espaço e deve ser vivida. 

Então… Hoje é Natal.

O meu foi feliz. Foi cansativo, muito, muito quente! Estou saindo de uma gripe que me deixou uma tosse horrível que ainda insiste em não me largar, mas meus últimos dias foram muito felizes! Quer saber por quê? Bem, não sei dizer. Só sei que, mesmo não pensando no Natal, mesmo não tendo observado seu aspecto pagão com que me identifico mais, eu tenho achado a vida simplesmente fascinante! Com todos seus encontros e desencontros, prazeres e dores…

É… Tenho achado a vida fascinante e isso me deixa feliz… Talvez seja esse o meu segredo de Natal.

Seja qual for seu segredo, ainda que ele não te faça feliz e sim te entristeça, que esse seja um Natal bom para você. Um momento de alegria, de reflexão para dias melhores, de descanso da mente e da alma… Que seja um bom Natal.