Eu estava dando uma lida nos meus feeds RSS e achei um post das Mulheres de Olho (virou Agência Patrícia Galvão) sobre uma corte que julgou inconstitucional a lei Maria da Penha (lei 11.340).

Fui lendo e acabei pensando em prisões e num comentário que deixei recentemente em um post do  Anti jornalismo.

Em primeiro lugar, bem, talvez a lei Maria da Penha, que objetiva proteger as mulheres de violências, fosse inconstitucional por ferir a igualdade entre homens e mulheres se a desigualdade de fato não fosse tão flagrante, né? Não li a lei toda (e tem pelo menos uma leitora aqui deste blog que pode falar muito melhor do que eu), mas tendo a me unir ao lamento das mulheres do Mulheres de Olho.

Lendo sobre violência contra a mulher tive que pensar em prisões, afinal é para lá que o sujeito acaba indo se continuar agredindo a mulher.

Já se fala no absurdo que são os presídios modernos não é de hoje. Desde que me entendo por gente, e lá se vão décadas, sabemos que aquilo é lugar de expiação, castigo e vingança, infernos criados por nós colocando-nos no lugar de Deuses… E nem sei se os Deuses realmente criaram infernos, tenho minhas dúvidas.

Um presídio… Bem, essa palavra poderia não existir, poderiam ser centros de reabilitação, estudo e profissionalização.

No entanto parece que uma parte influente da sociedade (e aqui vai o comentário que citei acima) continua vivendo sob as leis do império Romano, não sabem que o Coliseu está em ruínas e que essa coisa de raça superior (homens de bem) e raça inferior (criminosos demonizados) não é legal desde que Hitler a levou às últimas consequências.

Essas pessoas usam sua influência para saciar seu desejo de ver o sangue tingir o piso das prisões como antes tingiam as areias das arenas.

Várias vezes já disse que não sou cristão (não mais) no entanto o tratamento que damos à violência e ao crime também não são cristãos e alimentam o caldeirão de violências da nossa civilização.

Você e eu, como cidadãos que anseiam pela paz, não podemos mais ficar calados aceitando esse rumo.