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Rabanadas.

Umas para nós, outras para minha tia que tem o privilégio de ver de camarote os fogos de Copacabana saboreando as nossas rabanadas.

No dia que já vai terminando…

Praia com amigos, caminhada, banho, caminhada, almoço com amigos, caminhada em busca de uma frigideira, jantar, caminhada para casa.

O relógio percorreu 12 casas do dia até a noite acompanhando nossas jornadas de Ipanema a Copa em uma cidade repleta de outros viajantes que se acotovelam entre os camelôs estirados na Nossa Senhora de Copacabana ou se espremem no calçadão.

Parece que em algum lugar uma represa se rompeu e um povo alegre e curioso formou rios de águas coloridas carregando balsas com músicos que cantam todas as almas deste e de outros países.

Convergem para o mar. Todos eles se misturam no mesmo mar onde oscilam ao ritmo das mesmas ondas e seus cânticos se mesclam até formar um fluxo paradoxalmente uniforme em sua diversidade.

Talvez em algumas casas tristes alguém acredite na cidade fantasma e se encolha em um canto com medo de um mundo anunciado, mas agora na praia uma criança se depara pela primeira vez com um anjo branco e, sem referências, primeiro rosna para ele despertando sorrisos ao redor e depois se deixa acariciar contemplativamente transformando os sorrisos em comoção.