Quais são as chances de algo assim acontecer?
Ele olha para fora do ônibus imaginando o frio que deve estar fazendo lá fora e se perguntando porque o ar condicionado está ligado.
Mais cedo ele aproveitava a temperatura aconchegante de um vagão do metrô enquanto observava um casal de estrangeiros, certamente franceses, vestidos com alegres blusas amarelas (a dele com listras pretas) e tirando fotos para seus fotologs.
Isso foi de manhã, agora o dia tinha seguido seu curso, a noite aguardava os boêmios que se empenham em casa para vestir a melhor roupa, encontrar o perfume perfeito e o penteado ideal.
Desde o encontro com os estrangeiros ele atravessou dois bairros, seis horas de trabalho, mais dois bairros, fez exercício e agora está em um ônibus pensando no frio.
E do lado de fora, caminhando com o mesmo sorriso cúmplice, os mesmos abraços carinhosos, o casal de estrangeiros passa novamente.
Quais são as chances disso acontecer? Talvez ele devesse ter descido, mas seguiu rindo das coincidências.
Sincronicidades urbanas? So as mais intensas.
Eu me sinto em plena sincronicidade urbana, um pouco ciberntica, diga-se de passagem.
No pelo fato de uma coisa qualquer, mas entrei aqui por algum motivo desconhecido, sempre fuo nos blogs alheios e so poucos os que eu conheo que sejam pertinentes, talvez o teu e o do Doug (pseudonimo.weblogger.com), e encontrei um post que retratava um pouquinho do que retratei.
Mesmo com objetivos diferentes, voc fala da sincronicidade e eu da indiferena e da hipocrisia, descrevemos quase o mesmo cenrio – nibus, frio…
Acho que uma teia, nos ligamos ali.
Fique em paz, visitarei mais vezes.
Beijos
Oi Natacha (tenho uma prima que tem o mesmo nome!)
Raramente fazem comentrios nos meus devaneios, o pessoal prefere os posts que menos gosto e que falam sem arte e sem metforas sobre poltica ou outras coisas “aterradas”.
Adorei seu comentrio e realmente uma senhora sincronicidade vc esbarrar aqui depois de ter escrito aquele poema com o nibus e o mendigo!
Tambm vou passar de vez em quando no seu blog que bem criativo e interessante!