Como… começar… a… comentar… esse… filme???

Bem, primeiramente… Não tem spoiler, ok? Só vou tentar te preparar para o que vai encontrar e te poupar de passar alguma vergonha ou crise familiar horrível.

Esqueça o trailer. Ele até é bom no sentido de que realmente passa o tom do filme que é escrachado e violento, mas não chega perto de te preparar para a magnitude do que te espera.

Olha o trailer:

Até dá para achar que é meio infantil, apesar de violento, pelo trailer acima, mas lembre-se que há tempos trailer serve mais para atrair plateia do que para apresentar o filme.

A violência não é nem o ponto central da história e menos ainda o que acontece de mais politicamente incorreto.

Primeiramente… Hehehehe… Espero que “primeiramente” seja uma piada que fique datada em 2016 e não faça mais sentido em alguns anos…

Primeiramente você vai notar que o filme não tem insinuações sexuais, é tudo extremamente claro, direto e explícito mesmo.

A falta de pudor é maximizada pela tradução que não recorreu aos “vá se ferrar” ou “puxa vida” disparando “puta que o pariu”, “caralho” e “cu” livremente.

É até possível que A Festa da Salsicha não seja tão mais profano e despudorado que a média de outros filmes americanos que recebem traduções bem pudicas aqui… no… Brasil… Não… Não, é profano e despudorado em qualquer sistema métrico!

No entanto isso é bom.

Primeiro que fica muito engraçado e segundo que não é gratuito e essa é a melhor parte do filme: o profano que citei várias vezes e ainda não expliquei.

O tema central da história é uma discussão sobre crença e razão, sobre diferenças culturais que produzem ou pelo menos alimentam preconceitos étnicos.

Resumindo: é uma comédia escrachada com forte teor sexual, mas que trata de como vemos o mundo, a religião e a política.

Recomendo!