Imagem: Jordan Whitt

A vida é essa coisa indômita, xucra que nós desejamos ardentemente que se desenvolva conforme nossos sonhos paradisíacos.

Me pergunto se isso não é um tipo de imaturidade, esse desconforto com as coisas que acontecem segundo as próprias regras e não as nossas.

Como a ciclista que não desviou do meu braço quando eu corria mais cedo (estou bem, estou ótimo, sou meio indestrutível hehehehe) ou o papel amassado que atiramos na lixeira… Ou pelo menos tentamos atirar.

Tem os exemplos mais polêmicos que estou evitando aqui, como o estranho que tem uma cultura ou comportamento que você não aceita ou o parente cuja identidade é horizontal e não vertical (adorei esse conceito… Tá no meu vídeo refletindo sobre opiniões etc).

Afinal… Será que temos sabedoria para aceitar que o Cosmo segue suas próprias regras à revelia dos nossos desejos?

Será que temos coragem? Afinal é um abandono da ilusão do controle; de que algo sobrenatural garante que o Universo tem um sentido para nós.

Se mergulhamos nesse lago profundo talvez descubramos que até os desprazeres da existência, como perdas e decepções, podem ser parte da felicidade de existir, de fluir como a água ajustando-se à realidade e não ao mundo virtual que tendemos a criar muito antes de Platão perceber que ele existia.