Sou muito cuidadoso ao compartilhar essas coisas pois nunca se sabe se é alguém espalhando uma calúnia, mas esse relato não vem com nenhuma identificação então repasso.

Isso vem acontecendo sistematicamente demonstrando que não são poucas as pessoas imorais e movidas por ódio e preconceito.

Estou seguro que, se há deuses que castigam pecadores essas pessoas terão um lugar especial nos infernos, purgatório ou similar de cada divindade.

Entretanto, enquanto as divindades não decidem agir nós temos que lidar com eles e sempre correndo riscos pois são violentos e pouco racionais.

O confronto direto, portanto, é desaconselhável, mas o que a moça fez acho que é algo que devemos fazer: nos recusar a ser clientes desses criminosos.

Uma outra estratégia mais ousada é deixar uma mensagem no estabelecimento, um texto sobre a imoralidade e castigo divino como escrevi acima talvez…

O importante é que a gente não se cale.

Segue o relato do taxista contando orgulhoso que bateu em um casal de namorados que vi no Facebook:

“Hoje com certeza tive uma das piores corridas de táxi da minha vida. Entrei no carro, vi que as mãos do motorista estava meio sujas de sangue. Não falei nada, só pensei. O motorista, vendo que fiquei aflita, logo falou: “liga não, dona, tava só batendo em dois garotos”. Continuei em silêncio, meio perplexa. E ele continuou… “Sabe, eu não tolero homem com homem. Tem tanta mulher por aí, essa gente só quer saber de sacanagem, são uns desmiolados, uns imbecis. Surrei os dois dona, até sangrar. Peguei os dois se beijando no banheiro do Extra do Largo do Machado. Pouca vergonha. Tinha que ter batido mais, tinha que ter arrumado um pedaço de pau. Uma pena os dois terem fugido pro metrô, nego da rua ficou achando que era assalto”. Fiquei tão enjoada e envergonhada daquele senhor que pedi na hora pra parar o táxi e contestei cada palavra daquele homem. Ele ameaçou fazer qualquer coisa, mas preferiu arrancar e não me responder. Anotei a placa e liguei para o Extra, perguntando se sabiam de algo, no intuito de saber se os dois garotos estavam bem. Obviamente não sabiam. O táxi não era de cooperativa e eu não consegui ver o nome.” Estou copiando e colando o texto da Ana Luiza Calil, porque é um absurdo, é inaceitável pensar que existe esse tipo de atitudes hoje. Como ela disse, é horrível pensar que existem “felicianos” espalhados por aí, pois tudo começa em um preconceito hipócrita disfarçado em discursos de que “homossexuais são doentes” ou coisas do gênero. Copio e colo essa experiência horrível para as pessoas se conscientizarem e tentarem se desprender de rótulos e discursos mesquinhos e pequenos.

Imagem: PressEurop – Castigo dos Ladrõe por Gustave Doré (1857)