Imagem: Paolla Oliveira em O que querem as mulheres

Sou casado há 25 anos. Eu entendo UMA mulher.

Se você entende porque uma maçã cai no chão você entende todas as maçãs que caem no chão, mas as mulheres… Apesar de terem uma estreita relação (hoax, tenho certeza) com as maçãs, definitivamente não podem ser explicadas tão facilmente.

Convenhamos que é mais fácil entender quem a gente ama que a nós mesmos. Humanos são qualquer coisa de intermédio entre ele, o outro com quem ele interage e o terceiro que assiste tudo. Em algum lugar nesse parágrafo caberia uns pilares para a ponte do tédio. #referênciaHermética

A essa altura, se você é um dos 98% dos visitantes que chegam aqui sem querer levado pelos ventos do Google deve estar me odiando porque ainda não disse como entender as mulheres.

Nem vou dizer, dá para notar lá no primeiro parágrafo: Não tem uma resposta para essa pergunta… Se você ama com admiração e não com posse e ciúmes, se tiver sorte, vai entender a mulher (ou o homem) com quem você divide sua vida.

A melhor resposta que se pode dar (pelo menos é o que eu acho) são as perguntas certas, é o mosaico mais rico possível dos milhares de tipos diferentes de mulher que atravessam a esquina da Figueiredo com a Nossa Senhora de Copacabana todo dia.

Se você chegou até aqui ai vai a resposta!

Ontem tive a sorte de ver três mentes alucinadas (só mentes alucinadas conseguem capturar um pouco da diversidade humana) falando sobre, afinal, o que querem as mulheres?

Eram os roteiristas da nova mini série da Globo que vai estrear esses dias. Tem um trailer:

Cecília Gianneti, João Paulo Cuenca e Michel Melamed (que também atua) falam sobre a série com tanto vigor, cumplicidade e inteligência que não tem como não ficar com uma boa expectativa.

Não sou uma pessoa do tipo TV (raramente gosto da programação), mas essas mini séries da Globo costumam ter o mérito de arriscar. Mesmo que não dá certo arriscar é essencial para a evolução. Se um “peixe” não tivesse se arriscado em terra não existiria civilização tecnológica (já pensou em um micro-ondas debaixo da água?).

O risco no caso é no tipo de narrativa que parece ser mais próxima do estilo TDAH característico da era digital, informacional ou o que o valha. Pelo jeito há outros riscos que só vamos ver acompanhando a série – malditos artífices do bom marketing :-)

E por falar em arriscar vale a pena bater um papo com o protagonista. O André Newmann tem um blog já há algum tempo e jura que vai falar do desenvolvimento da tese dele por lá.

Sabe que sempre odiei a Globo? Essa coisa de cultura de massa que meio que tenta fazer a gente virar uma massa que pensa e faz tudo igual, vai para o trabalho puto, mas vai, e passa as noites antes de dormir e o fim de semana babando diante da tela surda…

…Mas esse mundo tá mudando tanto…

Tem horas que parece que até um monolito como a Globo tá se tocando que tem que interagir e inovar para se manter viva, afinal se a gente fica burro demais acaba se divertindo com qq vídeo bobo com fãs engraçados de alguma banda adolescente desconhecida :-)

Veremos, né? Veremos…