Sábado cada fuso do planeta apagou suas luzes por uma hora enquanto o sol deixava para trás as horas do dia.

Ainda era dia quando tive que segurar as lágrimas enquanto assistia (em um auditório com 600 outras pessoas) uma propaganda que homenageia algumas características da cibercultura: responsabilidade social, cooperação, conexão, mobilização

Que droga! O vídeo saiu do ar em algum momento e não achei! Se você achar, por favor, me avise! Era assim: várias pessoas recebiam algum alerta no celular, deixavam tudo que estavam fazendo e iam para algum lugar. No final todas se encontram em uma praia para ajudar a desencalhar uma baleia.

Quando faltava uma hora para a hora do planeta tuitei isso:

Mais tarde disse que Atos simbólicos não param trens… Não param… Mas vozes param!

Eu estava errado.

Antes de haver ação deve haver intenção e preocupação sincera!

No condomínio de um amigo ninguém apagou as luzes, no de outros pessoas berravam nas janelas intimando os vizinhos a apagarem suas luzes.

Hipocrisia em um mundo onde 1,6 bilhão de pessoas não tem luz? Pode ser, mas estamos no Brasil do “eu primeiro”, do “a rua não é de todos, é de ninguém” e do egoísmo individualista.

Preocupar-se é um começo.

Sempre digo que o que me importa é o sentido do movimento.

Quando permitimos a criação de um vagão só para mulheres no metrê estamos caminhando para a segregação das mulheres e não para a condenação do abuso a elas.

Quando pessoas e governos apagam suas luzes estamos a caminho da reflexão, de nos importarmos e isso é bom!