Gosto de escrever todo dia, tenho assunto todo dia para escrever, mas muitas vezes faço assim como agora e passo uns dias sem escrever.

É que tem horas que tem tanto a falar, tanto a comentar e ainda com respeito à complexidade de cada assunto que acabo não dizendo nada e escrevo um devaneio, um delírio, um fragmento de crônica; essas coisas que não sei se alguém gosta de ler, mas me faz bem escrever!

Um dos assuntos que tenho tido bastante vontade de comentar aqui é a reação das pessoas na rua ao livro que tenho carregado na mão.

Nunca alguém tinha me abordado para perguntar “que tal esse livro?”

Quando andei com Harry Potter sob o braço (e confesso que tinha vergonha) ninguém me questionou e olha que dizem ser o maior sucesso de vendas do século ou da história e causava reações iradas de muitos religiosos que afirmavam que ele agredia a fé deles.

Aliás, esse é outro assunto que eu ainda vou explorar aqui. Notem que falei religiosos e não determinei a “designação”. Por causa de um papo com ela pretendo nunca mais usar em um texto informativo uma classificação como cristão, muçulmano ou evangélico pois há diversos grupos totalmente divergentes que se autodenominam donos dessa ou daquela verdade e não estou qualificado para dizer qual está certo. Mas esse é um papo a ser abordado com calma justamente por causa do que eu estava contando.

Estou caminhando pela rua com Deus, um delírio debaixo do braço.

O livro aparentemente (estou na página 76 e ainda não posso julgá-lo) afirma que Deus não existe e se propõe a converter os leitores ao ateísmo provando no processo que o teísmo dominante do século XXI tem sido responsável por uma infinidade de preconceitos e atentados contra a humanidade. Por conta disso já estou perdendo a conta das vezes que sou abordado ou observado atentamente na rua… – Felizmente até agora com muita educação e respeito! Mas estamos no Brasil, a julgar pelo livro talvez fosse diferente nos EUA, não sei…

É incrível como a fé é um assunto delicado! Eu juro que não sabia! Colocar a existência de deus e, pior ainda, a validade da fé religiosa em dúvida está se mostrando mais incômodo do que ataques diretos à pessoa.

Aguardem a minha resenha… Tô achando que vou discordar dele em um ou dois pontos essenciais, mas leio livre de preconceitos ;-)