Crunch, crash, pow: você se emocionou.

Pode ser medo, compaixão, perplexidade, ódio, amor, paixão.

Não faz muita diferença pois quando nos emocionamos uma das coisas que acontecem é uma reação bioquímica que “desliga” as partes mais racionais do nosso cérebro entregando nossos pensamentos para a parte que cuida das emoções e que deixa de se desenvolver mais ou menos quando temos 3 anos.

Quando nos emocionamos somos todos crianças de 3 anos.

Essa reação dura 90 segundos. Provavelmente era por isso que nossos avós nos mandavam contar até 10 quando nos irritávamos. Se tivessem mandado contar até 90 o mundo provavelmente seria bem diferente.

Infelizmente uma boa parte das ideias que usamos para construir nossas crenças nascem justamente dentro desses 90 segundos.

Não esperar o ciclo das emoções não nos faz apenas tomar decisões ruins na hora. Pode influenciar toda nossa vida.

Aí estão as raízes da maioria dos preconceitos, ódios e da credulidade que nos torna vulneráveis a vários tipos de manipulação.

O segredo não é apenas esperar 90 segundos antes de pensar sobre a situação, é se acalmar durante esse período.

Ao se emocionar viva sua emoção. Sinta-a, observe onde ela dói (se for ruim) ou onde ela te aquece (algumas emoções boas também nos fazem ficar leves). Deixe que ela percorra seu corpo, sua mente e sua alma. Normalmente não há pressa em tomar decisões quando nos emocionamos e emoções são um milagre precioso da consciência.

Depois dos 90 segundos você poderá vivenciar outras dimensões das suas emoções raciocinando sobre elas.

Para saber de onde veio essa singela regrinha dos 90 segundos dê uma olhada no post Jill Bolte Taylor e o Hemisfério do Nirvana.