Ainda há pouco conversava com um grande amigo no telefone, destes com quem discordamos em quase tudo e mesmo assim é um dos nossos três melhores amigos, afinal amizade é mesmo qualquer outra coisa que não seja “ideias iguais”, Anam Cara como diziam os celtas, mas essa é outra história.

O que importa é que estávamos conversando sobre o “palpitismo” na rede, afinal hoje todos nós temos opinião formada sobre tudo, basta dar dois cliques e achar um site sobre o assunto desejado, ler uma ou duas linhas e se considerar um especialista no assunto.

A verdade é que não ia falar sobre nada disso, mas esqueci o que era, então…

Já estou ficando repetitivo neste tema era do consumo X era do conhecimento, mas a todo momento vem alguém comentar algo que acaba nos levando mais uma vez para este lado!

O meu bom amigo dizia que o meio acadêmico (do qual ele faz parte como historiador etc.) não leva a Internet a sério como fonte de pesquisa pois a qualidade das informações é muito ruim… E é verdade, né?

Vemos sites de notícias sem datas, artigos sem links para fontes que os confirmem e, principalmente, textos pífios e mal escritos, mas com ares de ciência consagrada.

Isso não é culpa da Internet, ela é apenas um meio livre e rápido que faz com que tudo apareça muito mais nela, e, infelizmente, os sites ruins em geral são mais fáceis de achar que os bons.

Um dos grandes problemas – em minha humilde e mal fundamentada opinião – é que vivemos uma transição. Por um lado todos queremos aparecer, desejamos os nossos 15 minutos de fama, por outro lado a informação está na moda, afinal a cultura do conhecimento surge a partir do “culto” à informação.

O resultado é que a cada dia tem mais gente correndo para escrever as suas verdades na Rede, em revistas, jornais, televisões ou até em muros, só que nem todo mundo quer dizer apenas que listas de sites que consideramos bons, que nós mesmos nos preocupemos em nunca passar um email ou escrever um texto sem citar algumas fontes na rede que confirmem o que estamos dizendo.

Aos poucos vamos trocando ideias uns com os outros, um amigo biólogo poderá te dizer que aquele site de biologia que você costuma ler não é bom e te indicará um outro bom.

O problema é quando o assunto é mais obscuro como as Horas (Talo, Carpo e Auxo) ou o Fabuloso Maurício de Terry Pratchett! Mas vamos deixar uma coisa para resolver de cada vez!